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Brasil espera assinar acordo Mercosul-União Europeia ainda neste ano

Afirmação foi feita por Márcio Elias Rosa, o segundo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

Por Cristina Canas (Broadcast)

LISBOA, ENVIADA ESPECIAL – O Brasil está trabalhando fortemente para aprimorar os termos do acordo Mercosul-EU e espera assinar o documento neste ano, possivelmente ainda no primeiro  semestre. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo, Márcio Elias Rosa, o segundo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que está em Lisboa acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua primeira viagem à Europa.

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O secretário admite que existe a necessidade de alguns ajustes que não envolvem só o Brasil, como por exemplo na legislação trabalhista da Argentina, mas diz que as negociações prosseguem e que não há pontos intransponíveis. “Portugal de Espanha são aliados do Brasil nesse tema e isso é importante”, afirmou Márcio Elias, lembrando que a Espanha assume a presidência do Conselho da União Europeia no segundo semestre em substituição à Suécia, que comanda o bloco atualmente.

As negociações com a União Europeia para os ajustes no acordo estão sendo encabeçadas pelo Ministério das Relações Exterior e, no próximo dia 22 de maio haverá uma reunião. Márcio Elias avalia que boa parte das discussões serão resolvidas apenas com esclarecimentos. “Algumas das exigências da EU devem-se ao desconhecimento sobre coisas que já fazemos”,  disse.

Márcio Elias Rosa, segundo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, espera assinar acordo Mercosul-União Europeia neste ano  Foto: Alex Silva/Estadão

‘Neoindustrialização’

Em relação a Portugal, o secretário ressaltou que o destaque é a parceria no setor aeronáutico. Ele referia-se à produção dos Super Tucanos da Embraer em parceria com a Ogma, informação antecipada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, com exclusividade ao Estadão/Broadcast, quando chegou a Lisboa.

Além disso, Márcio Elias destacou os investimentos de empresas portuguesas de energia no Brasil e o interesse do país em diversificar e intensificar parcerias.

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